Sou VERENA ANDREATTA, Doutora em Urbanismo e Ordenação do Território pela UPC (Barcelona, 2007)) e inscrita no Pos Doc do Catedrático Joaquin Sabatè em 2021 . Autora dos livros: Cidades Quadradas, Paraísos Circulares: os planos urbanísticos do Rio de Janeiro no século XIX (Rio de Janeiro: Mauad, 2006); Atlas Andreatta: os planos urbanísticos do Rio de Janeiro de Beaurepaire Rohan ao plano estratégico (Rio de Janeiro: Vivercidades, 2008 e Rio Books, 2019). Organizadora dos livros: Porto Maravilha Rio de Janeiro + 6 casos de sucesso de revitalização portuária (Rio de Janeiro: Casa da Palavras, 2010); Do Rio Orla à Orla Conde, os projetos que transformaram a frente marítima da Cidade do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro: Rio Books, 2019). E neste ano do confinamento, com a arquiteta Lucia Ravache, organizou o livro Casas de Avós. Cartas de Arquitetas para Arquitetas (Rio de Janeiro: Rio Books, 2020). Minha área de interesse de pesquisa: planos e projetos urbanos, história urbana do Rio de Janeiro.
Em 2012 recebi convite dos Professores Farès el Dahad e Alida Metcalf para conversar sobre a evolução urbana do Rio, e sobre o Atlas Andreatta que havia sido apresentado a eles pelo Professor Otávio Leonídio. O Prof. Farès resumiu o projeto que se iniciava, com o nome provisório de “ An Atlas for an Ephemeral City: Building an Illustrated Historical GIS for Rio de Janeiro, 1502 / 2016”, e o objetivo explicado na carta-convite falava que se tratava de criar um mapa digital, e temporal, do Rio que ‘hospedaria’ centenas (ou ‘milhares’) de imagens geocodificadas feitas por artistas, arquitetos e cartógrafos, ilustrando a história inteira da cidade. A ideia subjacente ao mapa garantiria facilitar leituras espaciais e sociais do Rio ao longo do tempo. “Para um/a historiador/a haverá a possibilidade de escrever micro-histórias de esquinas, por exemplo, ou de avaliar o impacto de reformas urbanas. Para arquitetos/as, uma ferramenta digital desse tipo exibiria projetos nunca implementados e mostraria o quanto o contexto mudou ao fio dos anos. Literários poderão mapear romances e visualizar, ao mesmo tempo, contextos de uma época ou outra da cidade”. E naquele momento Farès escreveu ainda que “eventualmente o projeto pretende também produzir um “app” móvel, cujos usuários, turistas assim como cariocas, podem, teoricamente, passear pela cidade ‘vendo’ como ela era ou como foi imaginada”.
Fui para Houston neste mesmo ano e apresentei o Atlas Andreatta. Mapas realizados com precisão histórica, e embora desenhados em Autocad, cartograficamente este sistema possuiu muitas limitações. O projeto ganhou em seguida o nome de Imagine Rio. O conceito estava brilhantemente concebido pelos dois entusiastas professores da Rice University. Acompanhei os passos seguintes e o imenso trabalho exigido ao longo destes oito anos para a evolução do Imagine Rio, que foi extraordinária. Hoje nos encontramos com o App narrativo e, podemos vislumbrar os novos horizontes e caminhos que se abrem para publicações digitais. Espero que neste processo de colaboração para as Narrativas do Rio possamos, juntos, contribuir para ampliar o uso e funcionalidades das ferramentas do App Imagine Rio.
Qual é a sua história com o imagineRio? Quando conheceu, como utiliza…